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sexta-feira, 27 de maio de 2011

#ForaMicarla

Estudantes param Natal e pedem saída da Prefeita Micarla

Numa das maiores manifestações de rua já vistas em Natal, cerca de duas mil pessoas, principalmente jovens, universitários e estudantes de escolas públicas e privadas, ocuparam o cruzamento das Avenidas Salgado Filho e Bernardo Vieira, em frente ao Shopping Midway Mall, na noite desta quarta-feira (25), para pedir a saída da prefeita Micarla de Sousa (PV) e da governadora Rosalba Ciarlini (DEM).

O protesto teve início às 18h e só começou a se dispersar perto das 20h, quando a chuva começou a cair. De acordo com manifestantes, o movimento é "descentralizado" e foi convocado através das redes sociais Twitter e Facebook.

O jovem Marcos Aurélio comparou a manifestação em Natal com os protestos em curso na Espanha, onde milhares de pessoas se tomaram as ruas de Madri e outras cidades espanholas para reivindicar pela "democracia real". "É a revolução das redes sociais", disse entusiasmado.

Bruno Costa, integrante da Juventude do PT, disse que os estudantes iniciaram uma onda de protestos desde o aumento da passagem urbana para R$ 2,20. "Mas depois vimos que o problema não era só o transporte, mas era generalizado. Como não se discute saídas negociadas, o jeito é vir para as ruas protestar", explicou.


Apesar de militante petista, Bruno afirmou que o movimento é "apartidário" e "auto-gestionado". "A manifestação foi convocada pela internet e não é iniciativa de nenhum partido político".

Além da juventude petista, militantes do PCdoB, PSB e até do DEM participaram do protesto, mas a maioria dos presentes era formada por jovens sem nenhuma ligação partidária.

Com nariz de palhaço e uma placa com as frases "Fora Micarla", "#RioGrevedoNorte" e "Buracos de Natal", Alice Lemos, 21 anos, estudante do curso de Ecologia da UFRN, disse que resolveu participar da manifestação por considerar "insuportável a falta de rumo" da administração da prefeita Micarla de Sousa.
Foto: César Augusto
"Micarla prometeu muita coisa, mas fez tudo ao contrário. A situação nas escolas está uma vergonha", desabafou.

"Micarla prometeu muita coisa, mas fez tudo ao contrário. A situação nas escolas está uma vergonha", desabafou.

O tom de crítica foi o mesmo do estudante Felipe Marinho, 23 anos, aluno do curso de Publicidade da UFRN. "A cidade está um caos, em péssimas condições em todas as áreas. Transporte, saúde e educação simplesmente não funcionam".

O taxista Reginaldo Firmino, 48 anos, vestiu-se de Papai Noel para chamar a atenção de quem passava pelo local. Ele disse que o povo de natal estava se sentindo "humilhado" pela situação em que a cidade se encontra. "O povo está sofrendo com o abandono da cidade", queixou-se.

Apesar de haver manifestações contra a governadora Rosalba Ciarlini, os principais gritos de guerra que ecoaram entre os jovens eram mesmo direcionados à prefeita Micarla de Sousa.

Faixas e cartazes com "Fora Micarla", "O povo está na rua, Micarla a culpa é sua" e "Micarla, a pior prefeita do Brasil" foram estendidas nos cruzamento das duas avenidas. Os jovens usaram nariz de palhaço, buzinas, apitos, megafones e chegaram a queimar pneus para expressarem sua revolta.
Foto: César Augusto
Faixas e cartazes foram usadas na manifestação.

Houve princípio de tumulto e discussão entre manifestantes e alguns motoristas incomodados com a interdição do trânsito. A Polícia Militar observava tudo à distância, chegando a intervir algumas vezes para evitar maiores problemas.

Alguns motociclistas tentaram avançar contra os manifestantes. Motoristas saíram dos carros para enfrentar os jovens, mas a discussão foi contida rapidamente. Um dos momentos mais tensos foi quando duas ambulâncias tiveram dificuldade para passar pelo protesto.

Passageiros de ônibus e alternativos que passavam pelo lugar se dividiram entre o apoio e a rejeição ao movimento. Os que reclamavam insultavam os jovens com gritos de "vagabundos" e "arruaceiros". Outros aplaudiam e faziam gestos em sinal de aprovação.
Foto: César Augusto
Passageiros de ônibus e alternativos que passavam pelo lugar se dividiram entre o apoio e a rejeição ao movimento.

A vereadora Sargento Mary Regina (PDT), única representante da Câmara Municipal presente ao protesto, disse considerar a manifestação "legítima" e afirmou que essa era apenas "o início da ação popular".

"A ação popular está só no início e vai tomar cada vez mais forma e corpo para pedir o impeachment de Micarla. A população tem que se unir, se não perderemos nossa cidade", declarou.

O ex-vereador Hugo Manso (PT) disse que a manifestação representava a "absoluta ruptura entre o povo e a gestão municipal". "Não há a menor sintonia. Esse movimento é espontâneo, em defesa principalmente da saúde e da educação. Não há líderes dirigindo isso aqui. Estou aqui como cidadão", completou.

Às 19h30, os manifestantes liberaram uma faixa da Avenida Bernardo Vieira. Depois, sentaram-se na outra faixa da pista, no cruzamento com a Avenida Salgado Filho, para evitar que outros carros furassem o bloqueio.

Quando começou a chover, perto das 20h, os jovens seguiram em caminhada pela Avenida Salgado Filho, no sentido Centro - Zona Sul. Pararam no cruzamento com a Avenida Antônio Basílio, descendo em seguida para a Avenida Prudente de Morais, onde se concentraram em frente ao Hiper Bom Preço.

Um dos mais manifestantes mais entusiasmados, o advogado Dayvson Moura disse que "Micarla conseguiu o milagre de unir militantes de diversos partidos de direita e de esquerda".

"O próximo ato será em frente à Câmara Municipal. Vamos pressionar até que algum vereador dê entrada ao pedido de impeachment contra a prefeita Micarla de Sousa", contou.

Mas enquanto os vereadores não tomam a iniciativa, durante a manifestação foram colhidas assinaturas para dar entrada a uma ação popular na Câmara Municipal pedindo a saída de Micarla de Sousa da Prefeitura de Natal.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Unegro lamenta morte do “mestre” Abdias do Nascimento

NOTA DE FALECIMENTO DE ABDIAS NASCIMENTO
Rio de Janeiro, 24/05/2011 

A União de Negros Pela Igualdade - UNEGRO manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento do incansável militante do movimento negro ABDIAS NASCIMENTO. Dedicou sua vida no combate ao racismo, com seriedade, coragem e retidão. 

Abdias do Nascimento dá início à nova abordagem na trajetória de luta da população negra brasileira, incorporando a denúncia do mito da democracia racial, dando importância à solidariedade internacional entre os negros da diáspora e do continente mãe, resgatando e valorizando a contribuição civilizatória de matriz africana na construção da nação brasileira, até então sufocada pelos resquícios do racismo científico. 

Consideramos que o mestre Abdias do Nascimento está entre os maiores brasileiros de nossa história. Incansável e abnegado lutador, merecedor da reverência de todo povo brasileiro. Hoje está junto aos nossos ancestrais nos orientando na luta e na vitória.


http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=8&id_noticia=154908

quarta-feira, 18 de maio de 2011

terça-feira, 17 de maio de 2011

Descaso na Educação do Campo em Currais Novos

Que a Educação do Campo historicamente foi renegada ao esquecimento e que a sociedade brasileira tem uma dívida gigantesca para com essa modalidade de ensino, isso é sabido por todos aqueles que têm um mínimo de preocupação com a educação com um todo. Agora ver que mesmo após da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (Lei nº 9.394/96) e das Diretrizes Operacionais para Escolas do Campo de 2004, ainda vemos situações de descaso extremo e que a solução de tal descaso está a nível local, isso é lamentável.

A LDB de 1996 garante o reconhecimento da educação do campo como modalidade de ensino reconhece as identidades dos sujeitos e foca a flexibilização do seu currículo, além disso obriga os gestores a garantirem educação do campo do campo "no" campo. Além disso redimeciona o conceito de educação rural, passando a Educação do Campo, como pra além de agricultores. Já as Diretrizes Operacionais para Escolas do Campo vêm me 2004 reafirmar a importância da identidade dos sujeitos e do respeito às suas tradições, assim como o reconhecimento de termo Campo como complexo e dinâmico e não somente como de produção de alimentos como era visto até então.

Pois bem, podemos observar que obtivemos avanços importantes nos últimos anos, ainda assim nos deparamos com a situação como a que mostraremos a baixo, retirada da reportagem do Blog do Marcos Dantas acerca da precária situação em que se encontra as escolas da zona rural de Currais Novos denunciada pelo Veriador Odon Jr do PT.

"Professoras da zona rural de Currais Novos estão se desdobrando como pode. Além de darem as aulas aos alunos, são elas quem fazem a merenda escolar, distribuem a merenda, varrem as escolas e além disso tem que responder como diretora", disse o vereador. Odon Júnior confirmou que a situação é mais crítica em comunidades como São Sebastião, Fazenda Bonifácio, Malhada da Areia, Maxinaré, Jurupayti, dentre outras.

Em uma delas o vereador se deparou com uma cena que lhe deixou comovido. "Encontrei uma criança paraplégica assistindo aula em cima de um colchão no meio da sala aula. Ela não traz sua cadeira de roda no transporte escola, pois tem medo de quebrar e ficar sem a cadeira em casa. Também visitei uma escola que há mais de um ano está sem energia elétrica, já que a COSERN não foi consertar o problema", denunciou Odon.

Sem dúvida cabe no mínimo uma investigação por parte do Ministério Público no sentido de entender tamanha irresponsabilidade por parte dos gestores daquela cidade.



sexta-feira, 13 de maio de 2011

Criação do Fórum em Defesa da Educação do RN

Apois uma semana de debates sobre o novo Plano Nacional da Educação (PNE) nesta sexta feira foi criado o Fórum em Defesa da Educação do RN. Na oportunidade tivemos falas de acerca do Projeto de Lei 8.035/2010. Ao lado da Deputada Fátima Bezerra (PT), Fernando Mineiro (PT) Alda Maria Duarte do Centro de Educação da UFRN e muitos outros defensores da educação participamos da solenidade de criação do Fórum e aproveitamos a oportunidade de reafirmarmos a necessidade de uma discussão ampla com todas as entidades organizadas do nosso estado para garantir no sentido de garantir 10% do PIB para a educação, além de lembrarmos a necessidade de políticas públicas reis para a educação brasileira.

O Fórum (um pouco do blog de Odon PT)

Órgão consultivo, o Fórum será constituído pelos vários segmentos da sociedade civil organizada. O objetivo é servir de espaço para acompanhamento da gestão de políticas públicas educacionais e de defesa da promoção e da qualidade social da Educação, por meio de reuniões ordinárias, debates e seminários.
Dentre as inúmeras tarefas do Fórum Estadual, as entidades representativas destacam duas, consideradas mais relevantes no momento atual para a Educação potiguar: acompanhar os trâmites para a aprovação do PNE, divulgando seus objetivos e metas e contribuição com a elaboração e acompanhamento da execução do Plano Estadual de Educação do RN, promovendo estudos, debates e ações em torno de suas propostas.
A criação do Fórum Estadual é recomendação do MEC, através da Portaria nº 1407, de 14 de dezembro de 2010, a mesma que instituiu o Fórum Nacional em Defesa da Educação.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Apesar da repressão, Marcha da Maconha cresce e ganha adeptos

Em diversas cidades, protestos em favor da descriminalização e regulamentação da produção, comércio e consumo da erva

Militantes da Marcha da Maconha realizam, em diversas cidades do Brasil, protestos em favor da descriminalização e regulamentação da produção, comércio e consumo da erva.

Segundo Marco Magri, integrante do Coletivo Marcha da Maconha de São Paulo, o movimento registra um aumento do número de cidades participantes e de manifestantes. No ano passado os atos foram realizados em 12 cidades; neste ano são 19. "É uma manifestação pública de pessoas descontentes com a lei. Pedimos que haja uma política pública de fato, e não como existe hoje", afirma.

Algumas marchas já foram realizadas no último final de semana, acompanhadas por prisões e repressão. No Rio de Janeiro, a Marcha da Maconha ocorreu no sábado (07) e contou, segundo os organizadores, com cerca de cinco mil pessoas, que saíram do Leblon até o Arpoador, em Ipanema. No dia 22 de abril, quatro militantes do movimento haviam sido presos enquanto faziam uma panfletagem sobre a marcha na capital Fluminense.

Também no sábado (07), em Belo Horizonte, cinco pessoas foram detidas durante a Marcha da Maconha. A juiza Beatriz Junqueira Guimaraes, do Juizado Especial Criminal, proibiu a realização do evento considerando o ato como apologia ao uso de drogas. Mesmo assim, os manifestantes realizaram uma caminhada pelas principais ruas da capital mineira.

No mesmo dia, em São Paulo, três ativistas foram presos pela Polícia Militar no momento em que pintavam cartazes e panfletavam na Avenida Paulista. Todos os materiais, cartazes e panfletos foram apreendidos e levados à delegacia para averiguação, assim como os três militantes que, depois de três horas, foram liberados sem serem autuados. A marcha na capital paulista está marcada para o dia 21 deste mês.

No Espírito Santo, o Ministério Público Estadual tentou impedir a realização da marcha. O procurador-geral de Justiça, Fernando Zardini Antonio, alegou que a manifestação poderia incentivar o uso da maconha e de outras drogas ilícitas. O pedido do MPE, no entanto, foi rejeitado pela Justiça capixaba, e a marcha foi realizada no sábado (07).

http://www.brasildefato.com.br/node/6256


segunda-feira, 9 de maio de 2011

FÓRUM ESTADUAL DE EDUCAÇÃO SERÁ LANÇADO NA UFRN

Na sexta-feira,13, será lançado o Fórum Estadual de Educação, em defesa da escola pública do RN, às 9h, no Auditório da Escola de Música da UFRN. João Marques, assessor do Mandato do deputado Fernando Mineiro está acompanhando a composição do Fórum e participa do evento.


Na ocasião, será discutido o PNE (2011-2020) em uma mesa composta pela professora Deputada Federal Fátima Bezerra, presidente da Comissão de Educação do Congresso Nacional, professor Francisco Chagas, Secretário Adjunto do MEC e Presidente do Fórum Nacional de Educação, e pela professora Alda Maria Duarte Araújo Castro, do Grupo de Pesquisa Políticas e Gestão da Educação, do Departamento de Educação da UFRN.


O Fórum é um órgão consultivo, constituído pelos vários segmentos da sociedade civil organizada. Com o objetivo servir de espaço para acompanhamento de gestão de políticas públicas educacionais e de defesa da promoção e da qualidade social da Educação, o Fórum funciona por meio de reuniões ordinárias, debates e seminários.

FONTE:

http://mineiropt.com.br/noticias/forum-estadual-de-educacao-sera-lancado-na-ufrn/

domingo, 8 de maio de 2011

Para onde vai nosso Estado?

Partimos da indagação de; Para onde vai nosso Estado? Alguns aspectos nos fizeram chegar a tal inquietação, a saber, a saúde não vai nada bem, os Hospitais regionais enfrentam grandes dificuldades, sendo a falta de estrutura adequada ao funcionamento e a privatização são os pontos principais dessa problemática.

Outra grande dificuldade que o Rio Grande do Norte enfrenta, diz respeito ao campo da Educação, escolas em péssimas condições de funcionamento e profissionais cada vez mais desrespeitados frente às suas reivindicações por melhores condições são fatores que tem engessado os avanços da categoria, além disso nos preocupa a velocidade em que está se dando as ofensivas contra a Educação do Campo, visto que fechar escolas da zona rural tem sido marca registrada desse início dessa administração.

Fulcro das nossas preocupações também tem sido ver em que pé anda segurança pública, a violência tem crescido significativamente nos últimos anos, esse aumento é mais significativo em cidades médias do interior do Estado, falta ao Governo um entendimento maior de violência, falta também entender que não basta encharcar as ruas de policias, não basta reprimir, precisa políticas de prevenção e estando a educação como já salientamos isso nos parece distante.

A repressão aos movimentos sociais tem sido outro agravante desse governo que ver as organizações sociais como grupos de "arruaceiros" e por isso admite práticas de repressão datadas de épocas ditatoriais, esquecem que os movimentos organizados foram os responsáveis pelas grandes conquistas desse País.

Enquanto isso a população carente do campo e da cidade continua a mercê dos subempregos, da desqualificação profissional e da ausência de políticas públicas destinada a real melhoria da população, consequencia óbvia desse processo é a violência e de miserabilidade em que se encontra nossa população. Para não parecer que estamos falando coisas subjetivas ou que são problemas "naturais" das sociedades humanistas, provamos que não! Isso é o resultado claro de grupos sociais, de diferentes concepções de projeto de sociedade e educação. Na verdade isso é fruto de um grupo que nunca teve como prioridade a melhoria da sociedade, não têm a menor pretensão de mudar o status quo social, não vêm alternativa ao modelo de produção capitalista, não reconhecem a agricultura familiar, nem a economia solidária, em fim, têm como único objetivo a manutenção da "ordem natural das coisas" pois são esses que sempre se beneficiaram com a miséria da grande maioria.

Finalmente para terminar essas meras reflexões gostariamos de salientar que os 100 primeiros dias do novo Governo arrecadou mais de 2 bilhões de reais em impostos. Não deviamos está preocupado com o futuro do RN, deviamos está esperançosos e crentes no progresso sustentável da nossa população, mas infelizmente a preocupação se faz necessária... Para os administradores "a medalha está no topo da montanha de cadáver, pois não é só vampiro que vive de sangue no cálice".

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A pressão do agronegócio sobre o Código Florestal

De um lado, estão os interesses do agronegócio; do outro lado, está a agricultura camponesas e familiar e a reforma agrária


O agronegócio, com a sustentação das empresas transnacionais da agricultura e a força da bancada ruralista no Congresso, tendo como

porta-voz um parlamentar com origem na esquerda, puxa a corda e coloca todas as suas forças para passar com o rolo compressor sobre o Código Florestal.

A lei é considerada pelo grande capital um entrave para a expansão desenfreada do agronegócio, uma vez que tem dispositivos fundamentais para a preservação do ambiente, como a Reserva Legal (RL) e as Áreas de Preservação Permanente (APPs). Essa discussão se arrasta faz mais de dois anos e demonstra a disputa entre dois modelos agrícolas: o agronegócio e a agricultura camponesa e familiar.

Setores organizados da sociedade reagiram e se colocaram contra o relatório de Aldo Rebelo (PCdoB). Cientistas e pesquisadores, a Igreja Católica, as organizações não governamentais e setores do empresariado se uniram ao movimento camponês e às entidades ambientalistas para fazer oposição às mudanças no Código Florestal.

Esses setores forçaram um posicionamento mais firme do governo e impuseram um recuo ao agronegócio. Nesta semana, Aldo Rebelo apresentou uma nova versão do relatório, sem os pontos mais problemáticos, mas não atende às necessidades da agricultura camponesa e familiar e beneficia o agronegócio, especialmente o ramo de papel e celulose.

Os setores que se colocam contra o relatório de Aldo conseguiram garantir a manutenção das porcentagens referentes à RL e às APPs, além

de derrotar a proposta de anistia geral aos desmatadores. A preservação desses pontos representa uma derrota do projeto estratégico do agronegócio. No entanto, a maior parte das propostas populares ficou de fora, como a criação de um programa consistente de recuperação ambiental, pagamento de serviços ambientais e de fomento à produção sustentável agroflorestal. O quadro aponta a inexistência de consenso em torno de alterações do Código Florestal. O governo federal vetou o projeto original de Aldo Rebelo e pediu um novo texto com propostas de mudanças. Ele apresentou uma nova proposta, que não foi aceita pelo governo. O projeto entra nesta semana na pauta de votação do plenário da Câmara dos Deputados.

A última versão do relatório de Aldo Rebelo dispensa de Reserva Legal as propriedades com até quatro módulos fiscais (que vai de 20 hectares no Sul e chega a 400 hectares na Amazônia). Isso vai prejudicar os camponeses a longo prazo, pois terão suas propriedades comprometidas pela erosão, escassez de água, perda da fertilidade. Além disso, todas as áreas médias e grandes terão como “bônus” quatro módulos fiscais sem necessidade de RL, porque a porcentagem do cálculo será contada a partir dessa área.

Não podemos aceitar que a RL seja recuperada em até 50% com espécies exóticas nem que o agronegócio tenha a possibilidade de recompor somente metade das APPs com até 10 metros de largura em beira de rios, encostas, topos de morros e bordas de chapadas por eucalipto e pelos. A autorização para recompor a Reserva Legal em qualquer parte do bioma terá impactos negativos para a sociedade, como a expulsão de agricultores, que serão pressionados a vender suas terras, além de latifúndios improdutivos que poderão ser considerados como áreas em recomposição florestal.

Um conjunto de benefícios foi criado para os latifundiários desmatadores que fizerem o cadastro ambiental, que poderão receber crédito com mais facilidade e juros menores. Além disso, terão prioridade em programas governamentais e poderão deduzir do imposto de renda os investimentos em recuperação. O relatório ignora a existência de uma disputa entre dois modelos agrícolas no país. Com isso, trata o grande capital do agronegócio, que produz em escala para exportação, da mesma forma que um assentado da reforma agrária, que planta 70% dos alimentos da cesta básica do povo brasileiro.

De um lado, estão os interesses do agronegócio, que representa a aliança dos latifundiários capitalistas com empresas transnacionais e o capital financeiro. O chamado modelo de produção agroexportador se sustenta no latifúndio, produção de monoculturas valorizadas no mercado internacional, mecanização intensiva e consumo exagerado de agrotóxicos.

Do outro lado, está a agricultura camponesas e familiar e a reforma agrária, que defendem uma proposta para o campo com base em pequenas propriedades, com produção diversificada de alimentos para o povo brasileiro, sem a utilização de agrotóxicos, com geração de empregos para a população do campo, com a construção de cooperativas e de agroindústrias.

O debate em torno do Código Florestal está no marco da discussão sobre o modelo agrícola e o tipo de desenvolvimento que queremos para o nosso país. O povo brasileiro tem que fazer uma grande discussão: se quer um modelo de exploração violenta dos nossos recursos naturais, no ritmo do curto prazo imposto pelo capital, ou um modelo que coloque a utilização das nossas riquezas naturais a serviço de projeto de mudanças estruturais para resolver os problemas do povo brasileiro.

Depois da votação na Câmara, o projeto vai para o Senado Federal. Por isso, precisamos fazer um esforço para que essa discussão ultrapasse as paredes do Congresso Nacional, envolvendo movimentos urbanos, sindicatos, entidades estudantis, para construir força social para fazer com que as mudanças no Código Florestal garantam a preservação do ambiente e fortaleçam a agricultura camponesa e familiar.

fonte:http://www.brasildefato.com.br/node/6207

Proposta de Código Florestal provoca corrida ao desmatamento

O novo Código Florestal tornou-se polêmico por propor um corte na proteção ambiental do país. Anistia para quem cometeu infrações ambientais, isenção de pequenas propriedades de refazerem as reservas desmatadas, redução da faixa mínima de mata ciliar que deve ser preservada à beira de cursos d’água, estão entre as medidas. Proíbe novos desmatamentos por um prazo de cinco anos, algo difícil de cumprir uma vez que a política do fato consumado (tipo: “desmataê, que depois a gente muda a lei e perdoa tudo”) já mostrou que é o forte por aqui.

O Palácio do Planalto não concorda integralmente com a proposta do relator Aldo Rebelo (PC do B-SP) e pressiona por mudanças. Do outro lado, a bancada ruralista e organizações de produtores rurais agem pela sua aprovação. Ele já acenou que acatará sugestões defendidas por governo e ambientalistas (por exemplo, a manutenção das áreas de preservação permanente nas margens dos rios). O problema é quais outras serão aceitas ou que emendas serão agregadas de última hora ao texto. Tempo de negociação é curto uma vez que os parlamentares colocaram a pauta em regime de urgência. Quem tem o pé no chão sabe que as alterações causarão impactos severos. Mas é interessante notar que, antes mesmo de serem votadas, já estão criando problemas.

Trago um texto produzido por Laurent Micol, Ricardo Abad e Sérgio Guimarães, do ICV, entidade com atuação no Mato Grosso – Estado ponta de lança da expansão do agronegócio nacional – que traz elementos mostrando isso:

Proposta de alteração do Código Florestal provoca corrida ao desmatamento em Mato Grosso

Nas últimas semanas acumularam-se provas de que está ocorrendo uma forte retomada do desmatamento no Estado de Mato Grosso. Dados do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), do Imazon, já indicavam uma tendência de alta de 22% do desmatamento e de 225% na degradação florestal entre agosto/2010 e março/2011, com relação ao mesmo período do ano anterior. No mês de abril, operações de fiscalização realizadas pelo Ibama e divulgadas na mídia local e nacional revelaram o reaparecimento de casos de megadesmatamentos (desmatamentos acima de 1.000 hectares), que haviam praticamente desaparecido em Mato Grosso nos últimos três anos. O ICV mapeou o desmatamento recente em três municípios do centro-norte do estado, confirmando a tendência.
Nos meses de agosto/2010 a abril/2011, identificamos 66 novos desmatamentos no município de Nova Ubiratã, totalizando cerca de 37 mil hectares.

No mesmo período, no município de Santa Carmem foram 24 novos desmatamentos totalizando 9 mil hectares e, no município de Cláudia, 22 novos desmatamentos totalizando também 9 mil hectares. No período de agosto/2009 a julho/2010, o desmatamento nesses municípios havia sido de 2.300, 1.200 e 700 hectares, respectivamente. O aumento nesses três municípios, somente até o mês de abril, já foi de mais de 1.200%.

Até o momento, a maior parte dos grandes desmatamentos detectados foi na região centro-norte do estado, que é a primeira a ter abertura da cobertura de nuvens. Nessa região predomina o plantio de grãos em grande escala. No entanto, com o final da estação chuvosa, podem aparecer grandes desmatamentos também nas regiões norte e noroeste. Com base nessas informações, alertamos que a taxa de desmatamento no estado de Mato Grosso, que havia caído abaixo de 100 mil hectares em 2010, pode voltar nesse ano aos níveis do período de pico, de 2001 a 2005, quando a média foi de 900 mil hectares por ano.

Segundo informações de campo, o que está acontecendo é uma corrida para desmatar grandes áreas o quanto antes, visando aproveitar-se da anistia do desmatamento ilegal prometida pela proposta de alteração do Código Florestal. Essas ações estão sendo realizadas à revelia da lei em vigor, com a expectativa de impunidade, mesmo sabendo que certamente haverá fiscalização do órgão ambiental. Como demonstrado por várias análises, nas autuações por desmatamento ilegal, apenas um percentual ínfimo das multas são pagas.

Essa retomada dos desmatamentos em Mato Grosso baseada na aposta da alteração do Código Florestal também ecoa a atuação do próprio governador do Estado, Silval Barbosa, que, em 20 de abril do corrente ano, sancionou uma lei do zoneamento estadual que prevê a possibilidade de regularização ambiental para áreas desmatadas até a data de sua publicação e, ainda, pretende isentar de reserva legal propriedades abaixo de 400 hectares, em franca contradição com a legislação federal.

Essa situação pode gerar consequências dramáticas não somente em termos ambientais, mas também políticos e possivelmente econômicos para Mato Grosso e para o Brasil. Mato Grosso vinha sendo responsável por mais de 60% da redução do desmatamento na Amazônia desde 2005, fator primordial para o cumprimento das metas de redução das emissões de gases de efeito estufa contidas na Política Nacional de Mudanças Climáticas. Nesse contexto, a retomada do desmatamento constitui um retrocesso inaceitável e uma demonstração concreta de que a proposta de alteração do Código Florestal atualmente em tramitação no Congresso Nacional é extremamente nefasta, assim como foi a sanção da lei do zoneamento de Mato Grosso. É fundamental que o governo federal atue com a máxima urgência, tomando as atitudes necessárias, inclusive junto ao Congresso Nacional, para reverter essa situação e assim evitar maiores prejuízos à natureza e à sociedade brasileira.

fonte: http://www.mst.org.br/node/11696

segunda-feira, 2 de maio de 2011

As primeiras reações após a morte de Osama Bin Laden

1. se é por crime contra a humanidade pq não matam... A prefeita de natal #prontofalei

2. osama bin laden: campeão mundial de esconde-esconde 2001-2011

3. O Osama ligou pra mim ontem e disse que não iria suportar mais um vice do Vasco... #TorcedorFraco

4. Os EUA precisavam matar Bin Laden ou poderiam prendê-lo e submetê-lo ao devido processo legal, como fazem as democracias?

5. maior malefício que o osama já me causou foi interromper o episódio onde o goku ia virar super sayajin na globo

6. Está morto o homem que junto com Bush deixou o mundo pior. Osama é um péssimo exemplo pra humanidade.

7. Coitado é do povo da Veja que deve tá trabalhando uma hora dessas pra relacionar a morte do Bin Laden com o PT

8. bem que poderia ser Micarla no lugar de Osama, né?

9. plantão da globo para anunciar morte de Bin Laden? È uma mania de colonialismo...

10. Morte de Bin Laden é a notícia do dia. Derrota do Vasco para o Flamengo, vice.

11. Pela imediata beatificação do Osama. Provavelmente é responsável por menos mortes do q João Paulo II.

12. Pobre Bin Laden... morrer nas mãos de terroristas...

13. Mataram Bin Laden mesmo ou é jogada de marketing p/ lançamento de mais um filme do Rambo?

14. Tem que matar o Bush tbm!! Terrorista da politica.

15. osama nas alturas

16. Do que adianta matar Bin Laden enquanto terroristas como Bush e os Militares que mataram e torturaram durante a ditadura continuam impunes?

17. os EUA mataram Bin Laden. EEEE?

18. Sorry, you're at the wrong gate, Osama.

se é por crime contra a humanidade pq n matam justin bieber, restart e Safadão???

domingo, 1 de maio de 2011

Prefeito de São Paulo (Kassab) Receberá o título de... Cidadão norte-rio-grandense????

Direto do Blog do meu companheiro Katson Fernandes:

O prefeito de São Paulo recebendo título de cidadão norte-rio-grandense, segundo os deputados do RN, representados na pessoa do deputado presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, Ricardo Motta, o título foi autorgado ao Kassab, pelo que o prefeito faz aos nordestinos que estão em São Paulo, será que ele olha mesmo com tanta atenção para esses nordestinos que estão tentando a vida lá por São Paulo???

No entanto companheiros, no meu ponto de vista acho que essa turma o Fabio Faria ,seu pai o Robson Faria, e as demais "autoridades" políticas que nos representam no poder legislativo, antes de dar mérito a uma pessoa que não tem nenhuma relação com o estado, deveriam proporcionar melhores condições para que esses nordestinos, que nos incluimos nesse rol, não deixem sua terra natal e precisem ir para São Paulo, buscar melhorias, e como argumentam os deputados do RN, precisar de ajuda do prefeito.Ele mal gerencia a população paulista, imagine os imigrantes nordestinos, mas está explícito o jogo político, tem que fazer o marketing do presidente do partido, tem que fazer a ligação desse cidadão com o Rio Grande do Norte, afinal de contas o PSD, conta com um apoio político significativo aqui no estado.Veja só isso, o prefeito de São Paulo recebendo título de cidadão norte-rio-grandense, segundo os deputados do RN, representados na pessoa do deputado presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, Ricardo Motta, o título foi autorgado ao Kassab, pelo que o prefeito faz aos nordestinos que estão em São Paulo, será que ele olha mesmo com tanta atenção para esses nordestinos que estão tentando a vida lá por São Paulo???

No entanto companheiros, no meu ponto de vista acho que essa turma o Fabio Faria ,seu pai o Robson Faria, e as demais "autoridades" políticas que nos representam no poder legislativo, antes de dar mérito a uma pessoa que não tem nenhuma relação com o estado, deveriam proporcionar melhores condições para que esses nordestinos, que nos incluimos nesse rol, não deixem sua terra natal e precisem ir para São Paulo, buscar melhorias, e como argumentam os deputados do RN, precisar de ajuda do prefeito.Ele mal gerencia a população paulista, imagine os imigrantes nordestinos, mas está explícito o jogo político, tem que fazer o marketing do presidente do partido, tem que fazer a ligação desse cidadão com o Rio Grande do Norte, afinal de contas o PSD, conta com um apoio político significativo aqui no estado.

Música para uma reflexão!

Clandestino

Manu Chao


Solo voy con mi pena
Sola va mi condena
Correr es mi destino
Para burlar la ley

Perdido en el corazón
De la grande Babylon
Me dicen el clandestino
Por no llevar papel

Pa' una ciudad del norte
Yo me fui a trabajar
Mi vida la dejé
Entre Ceuta y Gibraltar

Soy una raya en el mar
Fantasma en la ciudad
Mi vida va prohibida
Dice la autoridad

Solo voy con mi pena
Sola va mi condena
Correr es mi destino
Por no llevar papel

Perdido en el corazón
De la grande Babylon
Me dicen el clandestino
Yo soy el quiebra ley

Mano Negra clandestina
Peruano clandestino
Africano clandestino
Marijuana ilegal

Solo voy con mi pena
Sola va mi condena
Correr es mi destino
Para burlar la ley
Perdido en el corazón
De la grande Babylon
Me dicen el clandestino
Por no llevar papel

Argelino clandestino
Nigeriano clandestino
Boliviano clandestino
Mano negra ilegal