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terça-feira, 17 de maio de 2011

Descaso na Educação do Campo em Currais Novos

Que a Educação do Campo historicamente foi renegada ao esquecimento e que a sociedade brasileira tem uma dívida gigantesca para com essa modalidade de ensino, isso é sabido por todos aqueles que têm um mínimo de preocupação com a educação com um todo. Agora ver que mesmo após da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (Lei nº 9.394/96) e das Diretrizes Operacionais para Escolas do Campo de 2004, ainda vemos situações de descaso extremo e que a solução de tal descaso está a nível local, isso é lamentável.

A LDB de 1996 garante o reconhecimento da educação do campo como modalidade de ensino reconhece as identidades dos sujeitos e foca a flexibilização do seu currículo, além disso obriga os gestores a garantirem educação do campo do campo "no" campo. Além disso redimeciona o conceito de educação rural, passando a Educação do Campo, como pra além de agricultores. Já as Diretrizes Operacionais para Escolas do Campo vêm me 2004 reafirmar a importância da identidade dos sujeitos e do respeito às suas tradições, assim como o reconhecimento de termo Campo como complexo e dinâmico e não somente como de produção de alimentos como era visto até então.

Pois bem, podemos observar que obtivemos avanços importantes nos últimos anos, ainda assim nos deparamos com a situação como a que mostraremos a baixo, retirada da reportagem do Blog do Marcos Dantas acerca da precária situação em que se encontra as escolas da zona rural de Currais Novos denunciada pelo Veriador Odon Jr do PT.

"Professoras da zona rural de Currais Novos estão se desdobrando como pode. Além de darem as aulas aos alunos, são elas quem fazem a merenda escolar, distribuem a merenda, varrem as escolas e além disso tem que responder como diretora", disse o vereador. Odon Júnior confirmou que a situação é mais crítica em comunidades como São Sebastião, Fazenda Bonifácio, Malhada da Areia, Maxinaré, Jurupayti, dentre outras.

Em uma delas o vereador se deparou com uma cena que lhe deixou comovido. "Encontrei uma criança paraplégica assistindo aula em cima de um colchão no meio da sala aula. Ela não traz sua cadeira de roda no transporte escola, pois tem medo de quebrar e ficar sem a cadeira em casa. Também visitei uma escola que há mais de um ano está sem energia elétrica, já que a COSERN não foi consertar o problema", denunciou Odon.

Sem dúvida cabe no mínimo uma investigação por parte do Ministério Público no sentido de entender tamanha irresponsabilidade por parte dos gestores daquela cidade.



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